terça-feira, 22 de março de 2011

Saiba o que são os exames médicos admissional e demissional

O Exame Admissional é um exame médico simples e obrigatório, solicitado pelas empresas antes de firmar a contratação de um funcionário com carteira assinada. O exame médico admissional está previsto no artigo 168 da CLT, o qual diz:

“Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho: I - na admissão; II - na demissão; III – periodicamente”.

O Exame Admissional é necessário para comprovar o bom estado de saúde físico e mental do novo funcionário para exercer a função a que será destinado. É realizado por um médico com especialização em medicina do trabalho, pois é ele quem identifica doenças ocupacionais.

O exame inicia com uma entrevista sobre doenças ou licenças de empregos anteriores, dando ênfase aos empregos anteriores, bem como possíveis agentes nocivos a que este trabalhador esteve exposto. O médico questiona se o trabalhador sofre alguma doença ou mal estar, mede pressão arterial, batimentos cardíacos etc. Após o exame e a entrevista, o médico emite o Atestado Médico de Capacidade Funcional.

A prática é uma garantia para o empregador e para o empregado porque, se ao longo do tempo de trabalho o empregado adquirir alguma doença em decorrência de suas funções, ele poderá ser indenizado por isso. Para o empregador, o exame admissional é necessário para saber se o candidato ao emprego está apto para exercer as funções que dele serão exigidas, dando maior garantia de que o trabalho será realizado.

É importante lembrar que no exame admissional não são permitidos testes de gravidez, de esterilização e exame de HIV (AIDS), por serem considerados práticas discriminatórias.

Exame Demissional 
Diferentemente do admissional, o exame demissional é realizado quando do desligamento do trabalhador de suas atividades, visando documentar as condições de saúde do funcionário naquele momento. Ele é necessário para que, futuramente, o trabalhador não alegue que foi demitido com problemas de saúde causados pelo seu trabalho.

O mesmo artigo 168, da CL T, e a Norma Regulamentadora nº 7 (NR-7), item 7.4.1, da Portaria nº 3.214/78, obrigam o empregador a submeter o empregado, por ocasião da demissão, a um exame médico demissional, desde que o último exame médico periódico tenha sido realizado há mais de:

- 135 dias para as empresas de graus de risco 1 e 2, segundo o quadro I da NR-4;

- 90 dias para as empresas de graus de risco 3 e 4, segundo o quadro I da NR-4.

Esses prazos poderão ser ampliados em mais 135 ou 90 dias, dependendo do grau de risco, em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional indicado de comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho.

O Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) referente ao exame médico demissional é um documento obrigatório para a homologação da rescisão do contrato de trabalho. Sendo assim, a não realização do exame médico demissional pode trazer conseqüências ao empregador.

É importante que o exame demissional seja feito para deixar claro que na data do desligamento o trabalhador estava apto ao trabalho, gozando de sua plena saúde.

Fonte:MeuSalario

Instalações elétricas inadequadas podem causar mortes

Fios desemcapados ou emaranhados dentro de uma parede. Vários eletrodomésticos ligados na mesma tomada. Será que é seguro? As estatísticas mostram que não. É um grande perigo dentro de casa e que pode provocar choques, incêndios e fazer vítimas. Todas as semanas, há casos com mortos e feridos por causa de instalações inadequadas.

Eletricidade é coisa séria e perigosa. Em Santa Catarina, há cerca de suas semanas, mãe e filha morreram com um choque elétrico, provocado por um secador que estava em cima da pia molhada. Todo ano, mais de cem brasileiros morrem vítimas da eletricidade. O perigo pode estar em muitos lugares dentro de casa.

Ferro de passar em cima da pia. Perto da tomada, uma pilha de papéis e sacos plásticos. "Benjamins", com vários eletrodomésticos ligados. Extensões e fios para todos os lados. “Se a televisão está ligada, você não pode ligar mais nada”, afirma uma senhora.

Foi tentando consertar um mau contato que Madalena quase sofreu um grave acidente. Ela imaginava que os fios em volta de uma lâmpada estavam desligados, mas ao cortá-los, sentiu uma explosão: a tesoura ainda está chamuscada. “A minha sorte é que na escada tem borracha e que eu estava com um tênis que é de borracha”, conta.

Não enxergar o que está atrás das paredes pode dar uma falsa sensação de segurança, mas o perigo é iminente. Instalações elétricas mal feitas e mal conservadas são a segunda maior causa de incêndios no estado de São Paulo, de acordo com estimativas do Corpo de Bombeiros.

Para saber se a sua casa precisa de reparos elétricos, fique atento aos seguintes sinais: tomadas e interruptores que esquentam; quedas freqüentes do disjuntor; geladeira que pára de funcionar por alguns instantes; fios e cabos derretidos; mal cheiro e fumaça.

Manutenção

Em um prédio, os curtos-circuitos eram constantes. O zelador furou a porta de madeira onde ficava parte da fiação: “Para não ficar abafado dentro, porque estava cheio de emendas e fios, para não causar curto-circuito”, diz.

Antes da reforma elétrica, todas as instalações do edifício eram como a da casa de bombas, a única que ainda não foi trocada. O perigo é visível, explica a consultora em segurança Milena Guirão: “Aqui começou mesmo um aquecimento dos fios. Ele precisa realizar uma reforma urgente aqui”.

Na casa de máquinas já está tudo em ordem: “Eles trocaram o cabeamento e colocaram o disjuntor adequado. Isso é bacana”, afirma a consultora.

Além de garantir a segurança dos moradores, a mudança trouxe economia. A conta de luz ficou mais barata. O engenheiro eletricista Ricardo Santos D´Avila da Universidade de São Paulo (USP) explica: com problemas nas instalações, a perda de energia é maior. “Podemos estimar que ela se dá da ordem de 1,5 a 2,5 % da energia que passa pelo medidor”, diz o pesquisador.

As perdas provocadas por instalações elétricas mal feitas chegam a quase R$ 7 milhões por ano. Isso sem contar os gastos para tratar quem sofreu acidente com energia. Ano passado, foram quase 300 casos , só no estado de São Paulo.



Fonte: G1

Levar trabalho para casa faz mal à saúde

Levar trabalho para casa é uma prática polêmica. A maioria torce o nariz só de pensar nesta hipótese, outros não se importam, mas hoje em dia parece que poucos conseguem escapar do hábito. “Respiro, vivo o sindicato. Minha mulher até pediu para eu trazer a cama para cá”, afirma Wanderley Milton Alexandre, assessor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, que trabalha até aos domingos. Quando não vai ao sindicato, ele leva trabalho para casa.
Alexandre conta que trabalha há 34 anos na entidade. Ele diz: “gosto de trabalhar, mas não sei por que faço isso. Vi derrubarem a sede velha e a construção da nova. Raras vezes passeio ou tiro férias. Os filhos me cobram porque não acompanhei o crescimento deles. Eles não são muito ligados a mim e me arrependo. Casei com 21 anos. O tempo foi passando e não vi”, lamenta.
A assessora técnica Andréa Isaias leva trabalho para casa. Ela explica que faz isso só quando o trabalho está atrasado e tem prazo para entregar. “Nem sempre levar trabalho para casa significa falta de organização minha. Não depende apenas do meu empenho. Outras pessoas estão envolvidas”, diz.
Izilda Alves Álvares, que trabalha na área de recursos humanos, faz o trabalho no ônibus porque mora em Campinas e trabalha em São Paulo. “Como viajo todos os dias, aproveito as 2h30 de viagem e coloco tudo em dia”, declara.
A secretária Vera Lúcia de Godói conta que levou trabalho para casa durante 10 anos, numa época em que desenvolvia muitas atividades. Fazia assessoria bancária, degravação de fitas e produzia boletins. De acordo com ela, era uma vida sem descanso. Mas a secretária diz não se arrepender, pois ficava feliz quando o trabalho terminava.
Fonte: Meu Salário

sexta-feira, 18 de março de 2011

Dedicação exagerada ao trabalho pode ser sintoma de Burnout


Também chamada de síndrome do esgotamento profissional, a Síndrome de Burnout é definida como uma das conseqüências mais marcantes do estresse profissional e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos.

A nomenclatura Burnout (do inglês to burn out, queimar por completo) foi denominada pelo psicanalista norte-americano Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970.

A dedicação exagerada à atividade profissional é uma característica marcante de Burnout, mas não a única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a auto-estima pela capacidade de realização e sucesso profissional. 

O que tem início com satisfação e prazer, termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, a necessidade de se afirmar e o desejo de realização profissional se transformam em obstinação e compulsão. A doença faz com que a pessoa perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixam de ter importância e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil. 

Dentre os fatores aparentemente associados ao desenvolvimento da Síndrome estão a pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com as chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho e família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe.


quinta-feira, 17 de março de 2011

Como anda a Saúde do Trabalhador Brasileiro?

De acordo com relatório elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de cinco mil trabalhadores morrem no mundo todos os dias por causa de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. O documento, denominado Trabalho Decente – Trabalho Seguro, alerta que a maioria da força trabalhista mundial não possui segurança preventiva, serviços médicos nem mesmo compensação para acidentes ou doenças.
No Brasil, cerca de 500 mil pessoas se acidentaram e 2.708 morreram em 2005, segundo o Ministério da Previdência Social. Enquanto os óbitos tiveram uma redução de 4,6%, os acidentes aumentaram 5,6% em relação ao ano anterior. As doenças decorrentes do trabalho chegaram a 30.334.
Para o coordenador de pesquisas do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH), William Waissmann, os números podem ser ainda mais assustadores. “Os acidentes graves, por exemplo, não há como esconder, o que já não acontece com as doenças”.
Caracterizar e registrar as doenças do trabalho, no Brasil, ainda tem sido uma tarefa muito difícil. Isto acontece, segundo Waissmann, devido às dificuldades em notificá-las e pelo fato de os mecanismos de proteção ao trabalhador não serem muito bem definidos. O acidente é muito mais fácil de se notificar porque se vê, o que não acontece com as doenças, que surgem lentamente e nem sempre são diretamente relacionadas ao trabalho.
Os acidentes mais freqüentes em 2005 – 33% do total – relacionam-se com os ferimentos e lesões ligados ao punho e a mão. Nas estatísticas, as doenças representam apenas 6,1% do número de acidentes registrados – porcentagem quase inalterada de um ano para o outro. Entre as principais estão: asma ocupacional, Lesão por Esforço Repetitivo / Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, as conhecidas LER/DORT, perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR), pneumoconiose e a saúde mental.

Estresse: Como Combater?

O estresse é um estado de desequilíbrio do ser humano e surge quando ele está submetido a uma série de tensões permanentes, principalmente no ambiente de trabalho. Cansaço, irritação, taquicardia, fadiga, ansiedade, irritabilidade, falta de concentração, inquietação e sensação de fraqueza.
Esses são alguns dos sintomas. Para driblá-los é importante trabalhar com algo prazeroso e que não seja altamente incômodo. Atualmente, as empresas já possuem meios para a prevenção de doenças e para a promoção da saúde. Entre as ações estão a ginástica laboral e atividades em grupo que desvinculam o trabalhador de sua rotina diária.
Mas você também pode contribuir com atitudes simples a fim de melhorar a sua saúde:
§  reavalie suas atividades;
§  identifique as fontes de estresse. Procure eliminar aquilo que o deixa nervoso;
§  examine seus sentimentos. Note como se sente diante de situações complicadas;
§  administre melhor o seu tempo;
§  respeite seus limites. Não faça além do que você consegue. Não tenha medo de dizer ‘não posso’, ‘não sei’;
§  procure relaxar. Faça exercícios de respiração, veja filmes, leia um bom livro, tenha um hobby;
§  melhore a sua auto-estima;
§  mantenha atividades de lazer. O exercício físico é muito importante para aliviar o estresse.

Acidentes de trabalho: Brasil é o quarto em número de mortes

De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que, desde 2003, adotou 28 de abril como Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, ocorrem anualmente 270 milhões de acidentes de trabalho em todo o mundo. Aproximadamente 2,2 milhões deles resultam em mortes. No Brasil, segundo o relatório, são 1,3 milhão de casos, que têm como principais causas o descumprimento de normas básicas de proteção aos trabalhadores e más condições nos ambientes e processos de trabalho.

Ranking mundial
Segundo o estudo da OIT, o Brasil ocupa o 4º lugar em relação ao número de mortes, com 2.503 óbitos. O país perde apenas para China (14.924), Estados Unidos (5.764) e Rússia (3.090).
Na década de 1970, o Brasil registrava uma média de 3.604 óbitos para 12.428.826 trabalhadores. Nos anos 1980, o número de trabalhadores aumentou para 21.077.804 e as mortes chegaram a 4.672. Já na década de 1990, houve diminuição: 3.925 óbitos para 23.648.341 trabalhadores.
 O Anuário Estatístico da Previdência Social de 2006, último publicado pelo INSS, mostra que número de mortes relacionadas ao trabalho diminuiu 2,5%, em relação ao ano anterior. Entretanto, os acidentes de trabalho aumentaram e ultrapassaram os 500 mil casos.
Dados dos Ministérios do Trabalho e Emprego e Previdência Social de 2005 mostram que as áreas com maior número de mortes são Transporte, Armazenagem e Comunicações, com sete óbitos entre 3.855 trabalhadores; a Indústria da Construção, com seis óbitos entre 6.908 trabalhadores; e o Comércio e Veículos, com cinco óbitos entre 24.782  trabalhadores.